terça-feira, 25 de agosto de 2020

Construindo Pontes

Construindo Pontes

Dois irmãos que moravam em fazendas vizinhas, separadas apenas por um riacho, entraram em conflito. Foi a primeira grande desavença em toda uma vida de trabalho lado a lado. Mas agora tudo havia mudado. O que começou com um pequeno mal entendido, finalmente explodiu numa troca de palavras ríspidas, seguidas por meses de total silêncio. Numa manhã, o irmão mais velho ouviu baterem à sua porta.

Estou procurando trabalho, disse um homem. Talvez você tenha algum serviço para mim.

Sim, disse o fazendeiro. Veja aquela fazenda ali, além do riacho? É do meu vizinho. Na realidade é do meu irmão mais novo. Nós brigamos e não posso mais suportá-lo. Veja aquela pilha de madeira ali no celeiro? Pois use para construir uma cerca bem alta.

Acho que entendo a situação, disse o Carpinteiro. Mostre-me onde estão a pá e os pregos.

O irmão mais velho entregou o material e foi para a cidade.

O homem ficou ali cortando, medindo, trabalhando o dia inteiro.

Quando o fazendeiro chegou, não acreditou no que viu: em vez de um cerca, uma ponte foi construída ali, ligando as duas margens do riacho.

Era um belo trabalho, mas o fazendeiro ficou enfurecido e falou:

Você foi atrevido construindo essa ponte depois de tudo que lhe contei.

Porém, as surpresas não pararam ai. Ao olhar novamente para a ponte, viu o seu irmão mais novo se aproximando de braços abertos e com sorriso no rosto.

Por um instante permaneceu imóvel do seu lado do rio.

O irmão mais novo então falou:

Você realmente foi muito amigo e humilde construindo esta ponte mesmo depois do que eu lhe disse.

De repente, num só impulso, o irmão mais velho correu na direção do outro e abraçaram-se, chorando no meio da ponte.

O Carpinteiro que fez o trabalho, foi partindo com sua caixa de ferramentas.

Espere, fique conosco! Tenho outros trabalhos para você, disse o irmão mais velho. E o Carpinteiro respondeu:

Eu adoraria, mas tenho outras pontes a construir…


Quem é o Carpinteiro?

O Velho, o menino e o burro.

A algum tempo eu guardava para mim meus desejos, vontades e sonhos, com medo ou receio do que as pessoas iriam pensar disso. Eu tinha a necessidade de sempre me explicar para todos sobre fatos da minha vida, os quais pertenciam somente a mim e a mais ninguém! No final eu sempre acaba ouvindo algo que não me agradava e pensava: “talvez eu tenha mesmo que mudar de opinião sobre isso”! Só que quando eu mudava, achava outra pessoa que não concordava com a outra opinião atual! Pensava: “estão todos contra mim, não é possível!”

Até perceber que não se tratava de estar contra mim ou ao meu favor. E sim se eu realmente acreditava no que eu estava pensando ou fazendo!

E me lembrei de uma fábula muito interessante.

 

O Velho, o menino e o burro.

 

O homem de idade um pouco avançada queria vender o burro.
Então, chamou o seu garoto, pediu que ele trouxesse o burro e partiram os três rumo à cidade.

O velho e o menino foram andando na frente; o burro atrás.

Ao vê-los, um viajante montado num belo cavalo alazão não se conteve e disse:

– Que absurdo! Um velho a andar a pé e um animal folgado com o lombo vazio. Aposto que esse burro deve ser ruim demais e não aguenta carregar peso.

Ao ouvir aquelas palavras, o velho ordenou ao menino:

– Eu vou montar no burro e você nos puxa. Assim, vamos calar a boca de todo mundo.

E lá se foram eles.

Mas, quando atravessaram um rio, ouviram o comentário de um pescador:

– Se eu contar, vão achar que é mentira de pescador… um marmanjo montado num burro e um menino a pé. Que malvadeza!

O velho, que não queria ficar com a fama de malvado, ordenou no mesmo instante que o menino subisse também no burro. E lá se foram eles.

Na entrada da cidade, encontraram Manoel, o amolador de facas, que ao vê-los, falou admirado:

– Pelos cabos de todas as facas! Como é que alguém pode querer vender um animal deixando-o cansado desse jeito? Bicho com a língua de fora ninguém compra… E, se compra, paga bem menos do que vale.

Ao ouvir aquelas palavras, o velho apeou no mesmo instante do animal e seguiu o resto do trajeto puxando o burro, que continuava com o menino montado em seu lombo.

Bastou aproximarem-se da entrada da cidade e um bando de meninos pôs-se a gritar:

– Olha o principezinho! Olha o principezinho! Tem até um lacaio para puxar pela rédea.

Ofendido por ter sido chamado de lacaio, o velho fez com que o menino descesse do burro no mesmo instante.

– Carreguemos o burro nas costas. Quem sabe, assim, contentamos a todos.

Mas adiante, ao verem o menino e o velho, carregando o burro, duas mulheres caíram na gargalhada.

– Rá! Rá! Rá! Três burros a caminho. Resta saber qual deles é o mais burro… Os dois que tem dois pés ou aquele que tem quatro? Rá! Rá! Rá!

– O mais burro sou eu, que, desde que saí de casa, tenho dado ouvidos aos outros. De agora em diante, só vou fazer o que bem entender – disse o velho.

 

Reflexão: Quantas vezes você deixou de fazer algo que queria, por que isso não agradava alguém? Ou até mesmo desaprovava o máximo de pessoas? E quando você mudou de opinião, disseram a você: Você precisa saber o que quer!

Em nosso caminho sempre haverá pessoas com opinião adversa a nossa, nem todas concordarão com os nossos pensamentos e atitudes!
Mas cabe pensar, se essas mesmas pessoas viverão suas vidas.

Às vezes vivemos como extensão da outra pessoa, com os desejos dela, com os pensamentos dela, com as emoções dela e esquecemos que somos seres individuais, prontos para seguir nosso caminho!

Não importa o que o outro fale de você, pense de você, ou, até mesmo, zombe de você.

No final do dia você conviverá apenas com você mesmo!

Será que vale a pena deixar de ser você? De fazer o que se gosta de fazer para agradar o próximo?

 

Vale a pena lembrar que quem tenta agradar todo mundo não agrada a ninguém!

 

A história do Burro Solto.

 "Soltar o burro"

Conta uma história que havia um burro amarrado a uma árvore.
O demônio veio e o soltou.

O burro entrou na horta dos camponeses vizinhos e começou a comer tudo.

A mulher do camponês dono da horta, quando viu aquilo, pegou o rifle e disparou.

O dono do burro ouviu o disparo, saiu, viu o burro morto, ficou enraivecido, também pegou seu rifle e atirou contra a mulher do camponês.

Ao voltar para casa, o camponês encontrou a mulher morta e matou o dono do burro.

Os filhos do dono do burro, ao ver o pai morto, queimaram a fazenda do camponês.

O camponês, em represália, os matou.

Aí perguntaram ao demônio o que ele havia feito e ele respondeu:
– “Não fiz nada, só soltei o burro”.

Viu só o diabo faz coisas simples ... porque sabe que o resto é a nossa maldade que faz. Por isso vamos pensar antes de fazer algo de vingativo e cuidar do nosso coração ... porque pro Demônio basta só "soltar o burro"

domingo, 23 de agosto de 2020

Qual é o seu valor?

Qual é o seu valor?

Certo jovem, angustiado e sentindo-se sem valor, chega ao seu mestre, e diz:

Mestre, eu me sinto um inútil. Não tenho força alguma. Dizem-me que não sirvo para nada… que sou lerdo… um completo idiota. Ajude-me, por favor.

O mestre, sem olhá-lo, disse-lhe:

Sinto muito, meu jovem, você me pegou num dia ruim. Estou tentando resolver um sério problema. Volte outra hora, por favor.

Quando o jovem já ia saindo, o professor lhe propôs:

Bem, se você me ajudasse, eu poderia resolver o meu problema mais rápido, daí a gente poderia conversar…

C… Claro, professor, gaguejou o jovem, bastante inseguro.

O professor tirou um anel que usava no dedo pequeno e disse ao garoto:

Vá até o mercado vender este anel. Preciso pagar uma dívida, mas, por favor, não a venda por menos que uma moeda de ouro. Vá correndo e volte o mais rápido que puder.

Mal chegou ao mercado, o jovem começou a oferecê-lo a todos que encontrava. Eles olhavam com algum interesse, mas, quando o jovem dizia quanto pretendia pelo anel, eles riam, davam-lhe as costas e ignoravam-no. Somente um velhinho, vendo o sofrimento do rapaz, foi simpático com ele, e lhe explicou que uma moeda de ouro era muito dinheiro por aquele anel.

Um outro, tentando ajudar, chegou a oferecer uma moeda de prata e uma xícara de cobre, mas o jovem, seguindo as orientações do seu professor, recusou a oferta.

Abatido pelo fracasso, e, muito triste, voltou para a casa do professor. Chegou até mesmo a desejar ter uma moeda de ouro para comprar aquele anel, mesmo que não valesse tanto, somente para ajudar seu mestre.

Ao entrar na casa, relatou:

Mestre, sinto muito, não consegui vender o anel. É impossível conseguir o que o senhor está pedindo por ele. Talvez eu possa conseguir 2 ou 3 moedas de prata, mas, não mais que isso. Não podemos enganar ninguém sobre o valor deste anel.

O mestre respondeu:

Você tem razão, meu amigo. Antes de tentar vender o anel, deveríamos, primeiro, saber seu real valor. Não queremos enganar ninguém, nem sermos enganados, não é mesmo?

 

Por favor, faça-me mais uma coisa: Vá até o joalheiro; quem melhor do que ele para saber o valor deste anel? Diga-lhe que eu quero vendê-lo e pergunte quanto ele pode ofertar, mas, atenção meu amigo, não importa o quanto ele ofereça, não venda o anel ao joalheiro. Apenas pergunte o valor do anel e o traga de volta.

Ainda tentando ajudar seu mestre, o jovem foi até o joalheiro e lhe deu o anel para examinar. O joalheiro, então, lhe disse:

Diga ao seu mestre que, se ele tem pressa em vender o anel, não posso lhe dar mais do que 8 moedas de ouro…

8? Perguntou o jovem.

Sim, replicou o joalheiro, posso chegar a lhe oferecer até 10 moedas, mas, só se ele não tiver pressa.

O jovem, emocionado, correu até a casa de seu mestre e contou-lhe tudo.

8 moedas de ouro, uau! – exclamou o mestre, e rindo, zombou: ‘Aqueles homens no mercado deixaram de fazer um bom negócio, não é mesmo?’

 

– Sim, mestre, concordou o menino, todo empolgado.

 

Então, mestre, perguntou o menino: o senhor vai vender o anel por 8 ou por 10 moedas?

 

Não vou vendê-lo, respondeu ele, fiz isso apenas para que você entenda uma coisa:

 

Você, meu jovem, é como esse anel: uma joia valiosa e única. Mas, somente pessoas sábias podem avaliar seu real valor. Ou você pensava que qualquer um poderia avaliá-lo corretamente? Não! Não importa o que digam de você, o que importa é o seu real valor.

E, dizendo isso, colocou seu anel de volta no dedo.

Todos nós somos como esta joia: únicos e valiosos. Infelizmente, passamos a vida andando por todos os mercados, barateando nosso próprio valor, pretendendo que pessoas mal preparadas nos valorizem.

Ninguém deveria ter a força de nos fazer sentir inferior, sem o nosso consentimento. Cada um de nós é especial, pois foi Deus que nos fez.

Construindo Pontes

Construindo Pontes Dois irmãos que moravam em fazendas vizinhas, separadas apenas por um riacho, entraram em conflito. Foi a primeira gran...